Quando assisti o filme do Mel Gibson, "A Paixão de Cristo", fiquei absolutamente impressionada com o realismo das cenas. Estamos acostumados a ver o Cristo na cruz limpinho, com aquele paninho para tapar o sexo, e nem conseguimos sequer de longe, imagiar a realidade vivida por Jesus no dia de sua dolorosa morte na cruz.
E nesta sexta-feira Santa, lá pelas 16:00hs, resolvi assitir o DVD da Paixão de Cristo, como uma maneira de conversar com o Senhor nesta celebração tão importante para nós católicos.
Quando estive em Medjugorje em junho de 2010, pude fazer a experiência de fazer a Via Sacra no Monte Krisevac, a cada estação parávamos e rezávamos; e na dureza da subida daquela montanha de aproximadamente 340 metros, sem estrada, sem trilha, mas quase que escalando sobre as rochas e aí nossa vida passa todinha em nossa cabeça, como um filme do Mel Gibson. Como somos pequenos e pecadores! Apenas a Graça de Deus pode nos manter!
Foi muito sofrimento que Jesus passou por cada um de nós; foi por mim, foi por você, foi por aqueles que carregam ódio no coração, foi por aqueles que o negam, que blasfemam, que não crêem, que não esperam!
Jesus ficou um flagelo humano! Podemos ter, através deste filme, uma estimativa do sofrimento de Jesus, pois Ele ficou totalmente disfigurado tamanha foi a brutalidade da flagelação sofrida por Ele! E esse sofrimento, o físico, foi apenas um, a nós muito grande, mas maior do que este foi o sofrimento espiritual, pois carregou consigo todas as nossas enfermidades e todos os nossos pecados.
Então eu percebo que a flagelação não foi algo "ligth", mas foi algo absolutamente violento, desumano, agressivo ao extremo! E Jesus suportou tudo sozinho, pois todos os seus amigos, todas as pessoas que Ele curou deixaram-No só; apenas Sua Mãe, a Virgem Maria, o discípulo João e Maria Madalena não corrreram; os demais nem sequer ficaram por perto, mas foram se esconder! Mas isso não é um julgamento, é uma reflexão porque continuamos assim, ainda hoje! Corremos do amor, da caridade, do próximo nessecitado!
O Senhor da Vida, o Príncipe da Paz, foi obediente e seu amor infinito por todos nós o fez carregá a cruz até o calvário. Amor, infinito amor! ... é isso que falta na humanidade, querer viver com Deus, porque vemos em muitas culturas uma negação total e absoluta de Deus; uma negação total e absoluta de Jesus, da Virgem Maria e do Espírito Santo e é por isso que o mundo vai cada vez pior, cada vez mais mergulhada na miséria humana, no materialismo, porque sem Deus somos nada! E vemos um mundo de nada!!Jesus não passou por isso tudo porque quis, tanto que pediu ao Pai que se vosse da vontade vontade Dele que afastasse esse cálice! Mas esse foi o preço do nosso resgate, da nossa vida eterna com Deus!
Como podem muitas pessoas negar esse fato, dizer que isso não importa? Quanta arrogância no coação, quantos corações de pedra, sem sensibilidade e sem amor! O dinheiro não compra a paz, a vida eterna no paraíso, o amor verdadeiro.... o dinheiro só compra aquilo que é desse mundo, mas esse mundo é apenas uma passagem, estamos peregrinando por esse planeta e um dia Deus nos chamará e daí toda a nossa arrogância, todo o dinheiro, as centenas de pares de sapatos, de jóias, roupas caras, perfumes importados, badalações no meio social,..... não vão servir para nada!!!!! Os títulos e a arrogância vão levar-nos diretamente ao andar de baixo!!! E por incrível que pareça, tem pessoa que não acredita nisso!!
Sabe responder a essa pergunta?? Eu sei, basta você ligar a televisão e ver o noticiário, pois a humanidade que vive sem Jesus é morta, não tem nada! As guerras, a fome, a doença, a matança, a prostituição, a banalização do homem, a falta de respeito, a ausência de amor, a ausênciad de educação..... Tudo isso você pode ver todos os dias em qualquer notíciário de qualquer televisão do mundo! E essa é a resposta para a questão acima! Isso tudo é a vida sem Jesus! Quem tem Jesus, tem amor, tem caridade, respeito, educação, ....... é exatamente o contrário daquilo que o mundo que está corrompido, e a sociedade corrupta e corrompida prega. Ainda bem que nem todos estão nesse barco! Ainda bem que temos muitas pessoas que carregam Jesus no coração!
O ator Jim Caviezel, que fez o papel de Jesus Cristo no filme de Mel Gibson deu seu testemunho sobre como foi todo o tempo de filmagem e como sua vida mudou profundamente a partir do momento que buscou a Deus para conseguir interpretar Jesus! Ele disse que sem Medjugorje, isso não teria sido possível!
O Ator Pedro Sarubbi, que fez o papel de Barrabás, no mesmo filme de Mel Gibson, disse que se converteu ao Catolicismo quando na cena olhou para Jesus, interpretado por Jim Caviezel. Pedro Sarubbi, foi capturado pelo olhar de Jesus que se fez acontecer pelo ator que O interpretou e naquele momento Pedro pode sentamente o olhar de Cristo, onde Jim foi um instrumento para a conversão de Sarubi. Aquele que deixa ser tocado por Jesus, nunca mais será o mesmo, porque Cristo é a Luz do Mundo, é Vida plena abundância!
Segue entrevista de Pedro Sarubbi a Revista Passos (nov. 2008)
Entre os dias 25 de setembro e 06 de outubro, centenas de pessoas tiveram a possibilidade de escutar, estupefatas, a paixão de Barrabás. Ou melhor, o testemunho da conversão do ator Pedro Sarubbi, que interpretou o malfeitor - o primeiro a ser salvo pela Paixão de Cristo. Os encontros foram promovidos pelo Movimento Comunhão e Libertação em parceria com Centros Culturais e Universidades em dez cidades do país.
Sarubbi contou como foi completamente capturado pelo olhar misericordioso e apaixonado de Jesus sobre o seu personagem que, misteriosamente, o alcançou e o perturbou de tal maneira que, após a gravação de sua minúscula cena, não conseguia fazer mais nada: toda a sua mente, todo o seu sentimento, toda a sua pessoa, enfim, tinha sido tragada por aquele olhar. Assim como Barrabás, Sarubbi carregava uma raiva dentro de si, uma insatisfação, um sentimento de falta, de vazio, que nada era capaz de preencher. Tudo ia bem: profissionalmente era um homem bem sucedido; vivia há onze anos com Maria e tinha com ela três filhos saudáveis, inteligentes; convivia com muita gente animada e louca, mas não era feliz. O convite de Mel Gibson para o papel o desconcertou: como iria interpretar um personagem que aparecia por menos de três minutos e que não tinha uma fala sequer? Se ao menos fosse Pedro, com uma participação em quase todo o enredo e, consequentemente, um bom cachê! Para o ator não havia diferença entre fazer bandido ou santo - aquilo era um trabalho, nada além disso. Contudo, a experiência de trabalhar com um diretor, que afirmava "Você é o meu Barrabás! A sua raiva da vida vai mudar com esse personagem; Barrabás é como um cachorro raivoso, mas será o primeiro a ser salvo por Jesus", era, ao mesmo tempo, surpreendente e desafiadora. Esta foi a descoberta de Sarubbi: o nome Barrabás, cuja etimologia significa "o filho do pai", tornou-o filho.
Durante um ano, após o fim da filmagem, Pedro Sarubbi tentou fugir daquele olhar, mas Cristo continuava a chamá-lo por meio de tantos e diferentes fatos: o telefonema inesperado de um jovem padre de Comunhão e Libertação, que lhe falou de Giussani, fundador do Movimento, e do quanto ele chamava a atenção de todos para o olhar apaixonado de Cristo por cada um; o convite do padre para um jantar; a surpresa de também serem convidadas cerca de trezentas pessoas; a atenção silenciosa e compenetrada daquelas pessoas enquanto lhes contava sua história; a liberdade do padre de lhe dar um forte tapa nas costas enquanto dissera ser amasiado com Maria com quem teria seu quarto filho. Surpreendentemente, ali uma mudança já se revelava - Sarubbi considerou o tapa do padre como sendo a manifestação do amor de um educador que mostra a direção ao seu educando. Aquelas pessoas tão diferentes, mas, ao mesmo tempo, tão naturalmente unidas suscitaram-lhe uma pergunta: o que os mantém juntos? A resposta implacável de um jovem foi decisiva: o amor por Cristo e o fato de sermos amados por ele primeiro. A partir dali, Pedro Sarubbi desejou se agarrar àquelas pessoas. Depois de um ano de convivência com esta companhia, frequentando a Escola de Comunidade todas às quartas-feiras à noite, casou-se na Igreja, foi crismado, batizou os filhos e se rendeu, completamente, a esse amor.
Cristo morreu na cruz, mas ressuscitou no terceiro dia, como havia prometido aos seus apóstolos que na época não conseguiram compreender até que O vissem vivo novamente! Para nós católicos verdadeiros, esse é o tempo litúrgico mais importante, pois celebramos a vida eterna para todos nós, para todos aqueles que por livre arbítrio escolhem viver com Deus!
Feliz Páscoa, feliz Ressurreição!
Maria José, ofs.
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